24 janeiro 2009

Cores

Cheguei não muito tarde e me vi a pensar que quero algumas cores, mas prefiro que venham assim... lentamente. Pois conseguirei apreciar melhor cada momento. E acha-los único, infinito... com você.


Débora Gil.

21 janeiro 2009

Há sempre um drama dando espaço a outro.
Uma criança, novamente, se pondo em meu lugar.
Mas nem isso, é para mim, agora... um motivo de reclamação.
Então fica assim, sem título.

Não é que não gostasse da tristeza.
Ultimamente vinha rejeitando esse afeto com todo vigor.
Não por não ver mais beleza nisso,
mas por estar procurando em outro lugar.


Débora Gil.

12 janeiro 2009

Um ponto... uma vírgula, quem sabe.

É tão mais fácil ver as pessoas que você menos queria que te entendesse, te entender. E isso é incrível, e se torna um ciclo tão vicioso, que acaba te deixando enjoado - cansado. Deveriamos escolher a dedo as pessoas que desejamos que nos entenda. Seria claramente as que amamos. Mas o que isso faria com as outras pessoas? As que temos apenas um pouco ou quem sabe total adimiração? Elas não seriam nada especial... e não teriam nada para nos dar. Já que de imediato negamos o seu amor - afeto. Ah, que seja assim então, dramático.


Débora Gil.

III

No fundo ela sabia se sentir assim como ninguém com você. E pensava até que saberia voar, se apenas o desejasse. Lembrou enquanto esteve sozinha e se viu completamente sem ânimo, mas agora era diferente.


Débora Gil.

09 janeiro 2009

II

E quando se sente assim é porque está sozinho.


Ela já nem tinha tanto medo assim - pensava quieta. Queria a dependencia apenas de si mesma, pra não se machucar depois.

E dava um sorriso.


Débora Gil.

I

- Eu quero a sombra de um lugar tranquilo, para que eu possa observar as palavras com cada uma de suas devidas letras, e descansar. Sentar de frente ao mar, e sentir o vento acariciar esse imenso vazio, mas que ele seja alvo, mas que seja alvo como essas páginas sem cores.


Débora Gil.

04 janeiro 2009

Silencie

Por que tudo é tão mais fácil dissolver? - Eu acreditei até, que talvez você não estivesse mais tão sonolento que não pudesse enxergar essas mãos a sua frente. Te chamando pra saltar de um lugar tão alto, mas tão alto... que você vai e volta. Com medo das marcas que esse risco poderia te causar, já se arriscou demais. Eles me disseram que não há nada mais que eu possa fazer, a não ser calar-me. Então, mantenho o meu silêncio, enquanto todos os meus orgãos gritam por dentro, que você apenas abra os seus olhos. Mas abra logo, por favor.


Débora Gil.