23 dezembro 2008

Sem Título.

Eu quero uma noite clara.
Sem precisar dormir por escurecer
Quero refazer de mim, os conceitos
com um pote de confiança e certeza.
E doar sem necessidades.
E se receber de volta, puro... e só puro.
A imagem que tenho raramente!?
Seria a verdadeira e duradoura.
Inesgotável.
Realidade ...
Loucura...
Imaginação...
Dissolver, separar.

Uma montagem de mim!


Débora Gil.
"...e depois, então,
que conquistar o último desafio
quando aprender a voar
quando achar que já tem tudo
o que vai querer depois?"

14 dezembro 2008

Etecétera

Eu lembro do que quase alcancei, eu penso.
Eu penso que o faria, certamente.


Débora Gil.

I had the poems

I'm on my own here
And this time
Will not passes by (for me)
In all this things you took
But I still had my life

All of me
Still's inside
And still too...

All of me
Still's inside
And still too... you

I had the poems and letters
I know, perhaps is late
But inside, but inside...

All of me
Still's inside
And still too...

All of me
Still's inside
And still too... you.


Débora Gil.

26 novembro 2008

And about the past...

Estive pensando. Estive pensando sobre cartas, jogos, mesas viradas e baralhos. Sobre o que o tempo vai levando. O amor que se fez e desfez. Sobre o pequeno buraco que vai se formando... e se você escolhe continuar nele ou tapa-lo e por quê. Não é questão de valer ou não a pena, mas será que existe um amanhã para palavras de hoje? Guardo cartas como se fazendo isso eu as desse vida.

Ah, eu não sei... pois bem, gosto de ficar imaginando como as pessoas se sentiram no momento em que as escreveram. E mesmo que todos esses sentimentos não existam no presente... é como se eu fosse capaz de toca-los levemente e movimenta-los para que eu possa entender melhor como foi - no momento em que leio cada palavra.


Débora Gil.
Good goodnight.

24 novembro 2008

Tired.

Abominei a servidão.

23 novembro 2008

Ciclo vicioso

As pessoas se enganam
As pessoas te enganam
As pessoas se enganam

...

19 novembro 2008

Tired.

Eu preferia ficar em repouso, pois estou tão cansado agora. Parece-me, que uso todas as minhas forças nessas tardes quentes. Deito-me, sorrio... Logo, estou bem. Mas se algo vai contra o meu repouso, me abre um buraco negro no peito. E você se perde na minha visão. Sua imagem muda de cor tão rapidamente, assim como outrora, os meus sentimentos.


Débora Gil.

18 novembro 2008

Saudades, quem sabe...


O sinal fecha. O carro pára. Prosseguiram. Na direção do que poderia os levar ao amanhã. Mas como será? Ele percebeu a falta escancarada nos olhos dela. Não sabia ao certo se foi assim anteriormente, mas naquele momento, o era. E como... O vazio exposto pelo simples olhar envergonhado. Mas envergonhado por quê? Ele não sabia explicar, nem tinha muito ânimo para chegar nela e dizer que isso o importava. Só deixou acontecer. Não se permitiu sentir vontade de pedir para que ela ficasse mais um pouco, pois ele só queria se sentir bem. Estava a faze-lo, mas arriscou-se e deixou ela ir embora... Para saber se ela sentiria vontade de ficar...


Sentia o que não sabia, mas sabia o que não sentir.



Débora Gil.

In the bus.

Havia um homem, sentado em uma das últimas cadeiras do ônibus lotado. Observando o que passava rapidamente por seus olhos, e sentindo o vento bater suavemente em seu rosto. Ele parecia querer aproveitar cada pequeno sentimento que tinha ali... em alguns momentos aquele ônibus lotado parecia até vazio. Bem vazio. Assim como ele se sentiu por dentro muitas vezes, mas isso não queria dizer para ele, que não estivesse bem. Pensou: "Se o mundo acabasse amanhã, eu queria sentir isso até tudo terminar". O vento soprar... sem machucar ninguém. Só me deixando exposta ao frio.



Débora Gil.

10 novembro 2008

Mudança

As luzes mudam de cor
Rapidamente
Bruscamente
Sêca


.


Débora Gil.

07 novembro 2008

Assim como as palavras perdem o sentido, a tinta também perde a cor.

Assim como as palavras perdem o sentido, a tinta também perde a cor. O sorriso a magia, a boca a atração. É bom saber que tudo acaba um dia... mas pra quê? Pra que ficar triste? As coisas são assim e nós temos que nos moldar a elas. Nós temos que viver, mesmo sem ter pedido. Temos que ouvir te chamarem de chatos quando não se interessa por aquele papo fútil ou por aquela garrafa de vodka quebrada. De idiota, quando você acredita. De ridícula, quando não... é assim. Letra no papel, música no som. Mentiras nas verdades. Essa ultima me pareceu meio contraditória, mas quem não é? Quem não é? Me diz! É preciso descobrir sentido nas coisas. E não se deixar levar... saber se tanto faz ou se realmente se acredita no que está fazendo. Os dias passam e a tinta vai perdendo a cor e se você não a repor... tudo vai ficando feio. Sem beleza. E onde você vai procurar depois?


Débora Gil.
Lastimável.

05 novembro 2008

Rancore - Canto Gritando

"Da escuridão surgiu a luz que se apaga
Em nós com o passar do tempo
Contemple o breu
Contemple o seu escuro pessoal

Logo depois a vida vai continuar
E o escuro permanecerá

Canto gritando pra eternizar
Alguns pedaços de mim
Canto gritando pra me salvar
Do lado mal

Surpreenda
A todos aqueles que não esperam nada de você
Pois logo depois
A vida há de continuar
Seu grito permanecerá

Canto gritando pra eternizar
Alguns pedaços de mim
Canto gritando pra me salvar
Do lado mal pra preencher

A minha falta estrutural
Pra manter minha respiração

Permito-me sonhar em paz
Não devo nada a ninguém
Pretendo utilizar
O que me faz bem pra preencher
A minha falta estrutural
Pra manter minha respiração"


.

29 outubro 2008

Você já riu hoje?


Me convenço.
Assim como antes tentei
Mais uma vez,
Agora,
Me convenço.
As minhas ideias,
Os meus planos,
As minhas derrotas,
Vejo!
A perfeição...
Não
Existe.
Olho-a de frente!
E a vejo tão longe...
Tão
Inalcançável

Zombando de mim

.


Débora Gil.

27 outubro 2008

Salvador Dalí

"A diferença entre as lembranças falsas e verdadeiras é a mesma das jóias: as falsas sempre aparentam ser as mais reais, as mais brilhantes."

Escritor, leitor e leitor/escritor.

Quem escreve
Escreve para si
Para alguém
Para mim
E você
Que a pouco sentia
Já se foi
Passou

Quem escreve
Procura sempre mais
Diferenças
O mesmo
Ah, o mesmo do mesmo.

Já quem lê
Não precisa entender
Entende o que quer
E o que não quer
O que acha que entende

Tanto faz
Mas nem sempre.



Débora Gil.

22 outubro 2008

Papel, caneta e anestesia.

As palavras
De tão profundas
Abandonou-me... A dor
Para descansar.

Encontro-me
Sem voz
Nem punho.

-

Há algo a dizer
Há sempre mais
Algo a dizer
Mas por quê?
Eu não quero ouvir!
Mas quero que fale
Mas quero que fale
Que o mundo não acabou.



Débora Gil.

19 outubro 2008

Para uma querida amiga.

Nós poderíamos ser um
Para cada dia da semana
E ser um.
Ser segunda, terça, quarta...
Mas ser um.
E pensando bem...
Qual graça teria
Ser apenas... um
Enquanto podemos nos disfarçar de vários de nós mesmos?



Débora Gil.

O Sono.

Acordo
Traído
Sufocado
Mas acordo.
E sem sentir verdade -
Nem ao menos em seu próprio lençol
que quase nem a faz sentir-se protegida do frio -
Acordo
Traído
Sufocado
Sem nome.

Cedo demais...



Débora Gil.

18 outubro 2008

Angústia.

Ela respirou...
Tomou do ar, sua coragem
Encontrou de lugar nenhum.

-

É incrível o poder que as coisas possuem. Falo de palavras, de gestos. Também do fingir sentir, fingir estar, dizer ser. É simplesmente incrível o poder que os seres humanos possuem uns sobre os outros. O problema é que eles não se tocam que ao fingir para os outros, estão enganando a si mesmos. E ohh, como isso me parece clichê... Mas nesse momento me parece ser a mais pura verdade.

VERDADE?! - Assustou-se?! Alguém ouviu essa palavra aqui? É algo usado tão em vão. Tão em vão... em vão... não. É algo de que nem se lembra mais, o significado.

Ohh, meu Deus!
Como eu queria ser como eles... e como me odeio por não ser.
Como eu queria fingir, enganar, dizer ser quem não sou.
Mas a mim só me resta o nada que está refletido no coração dessas pessoas...

As garrafas vazias, os cigarros acesos... para esconder depois.
Tudo para esconder. Tudo para ser mais bonito... Mais fingido...

E como eu me odeio por não ser como eles.
Como eu me odeio.



Débora Gil.

16 outubro 2008

Despedidas.

Socialmente, despediam-se.
Sem perceber que o cheiro ficaria grudado na pele de outrem.
Correu para casa como quem corre do medo.
Lava-se, lava-se, o cheiro,
Mas não passa...
Mas não passa...

Simplesmente a grudar

Percebi
Era eu.



Débora Gil.

15 outubro 2008

Na Natureza Selvagem.

"Happyness only real when shared."

13 outubro 2008

Augusto dos Anjos - NOIVADO

Os namorados ternos suspiravam,
Quando há de ser o venturoso dia?!
Quando há de ser?! O noivo então dizia
E a noiva e ambos d'amores s'embriagavam.

E a mesma frase o noivo repetia;
Fora no campo pássaros trinavam.
Quando há de ser?! E os pássaros falavam,
Há de chegar, a brisa respondia.

Vinha rompendo a aurora majestosa,
Dos rouxinóis ao sonoroso harpejo
E a luz do sol vibrava esplendorosa.

Chegara enfim o dia desejado,
Ambos unidos, soluçara um beijo,
Era o supremo beijo de noivado!

12 outubro 2008

O Princípio.

Estávamos ali, nós. Submersos pelas nossas desavenças. Submersos. Enchidos de nós mesmos. Não era a toa que dizia para não entregar-te a tal ponto. Nós. Parece-me. Nunca estivemos no mesmo lugar. Nos mesmos lugares. Odiando sempre quando ali estavas a viciar-te. Puxando da pele do mais fraco, o vicio imundo que te consumia. Exagero. Exagero, pois bem, exagero. Mas não parecia ser quando me dissestes do que sentias falta. E o que sentias, não era de mim. E eu estive contigo esse tempo todo por também achar que não era de ti. E te “tirei”, arranquei-a. Isso se não fingistes o tempo inteiro. Eu estava tão alucinada... Tão alucinada... Mas você sempre a cobrar outras alucinações.

Passou-se, passou-se o tempo enfim... Pondo um fim a minha agonia e ao que me parecias que tu achavas minha ignorância.

Éramos... Bom... Éramos como uma magia, ou uma força que nos fazia direcionar apenas para o caminho que estaríamos ali. Aparentemente no mesmo canto. Na mesma melodia... E nada aconteceria de tão ruim para vir a findar tudo.

Passou-se, passou-se o tempo enfim... Pondo um fim aquela magia que sempre estava presente em nossas peles quando nos aproximávamos, quando nos víamos.



Débora Gil.