26 novembro 2008

And about the past...

Estive pensando. Estive pensando sobre cartas, jogos, mesas viradas e baralhos. Sobre o que o tempo vai levando. O amor que se fez e desfez. Sobre o pequeno buraco que vai se formando... e se você escolhe continuar nele ou tapa-lo e por quê. Não é questão de valer ou não a pena, mas será que existe um amanhã para palavras de hoje? Guardo cartas como se fazendo isso eu as desse vida.

Ah, eu não sei... pois bem, gosto de ficar imaginando como as pessoas se sentiram no momento em que as escreveram. E mesmo que todos esses sentimentos não existam no presente... é como se eu fosse capaz de toca-los levemente e movimenta-los para que eu possa entender melhor como foi - no momento em que leio cada palavra.


Débora Gil.
Good goodnight.

24 novembro 2008

Tired.

Abominei a servidão.

23 novembro 2008

Ciclo vicioso

As pessoas se enganam
As pessoas te enganam
As pessoas se enganam

...

19 novembro 2008

Tired.

Eu preferia ficar em repouso, pois estou tão cansado agora. Parece-me, que uso todas as minhas forças nessas tardes quentes. Deito-me, sorrio... Logo, estou bem. Mas se algo vai contra o meu repouso, me abre um buraco negro no peito. E você se perde na minha visão. Sua imagem muda de cor tão rapidamente, assim como outrora, os meus sentimentos.


Débora Gil.

18 novembro 2008

Saudades, quem sabe...


O sinal fecha. O carro pára. Prosseguiram. Na direção do que poderia os levar ao amanhã. Mas como será? Ele percebeu a falta escancarada nos olhos dela. Não sabia ao certo se foi assim anteriormente, mas naquele momento, o era. E como... O vazio exposto pelo simples olhar envergonhado. Mas envergonhado por quê? Ele não sabia explicar, nem tinha muito ânimo para chegar nela e dizer que isso o importava. Só deixou acontecer. Não se permitiu sentir vontade de pedir para que ela ficasse mais um pouco, pois ele só queria se sentir bem. Estava a faze-lo, mas arriscou-se e deixou ela ir embora... Para saber se ela sentiria vontade de ficar...


Sentia o que não sabia, mas sabia o que não sentir.



Débora Gil.

In the bus.

Havia um homem, sentado em uma das últimas cadeiras do ônibus lotado. Observando o que passava rapidamente por seus olhos, e sentindo o vento bater suavemente em seu rosto. Ele parecia querer aproveitar cada pequeno sentimento que tinha ali... em alguns momentos aquele ônibus lotado parecia até vazio. Bem vazio. Assim como ele se sentiu por dentro muitas vezes, mas isso não queria dizer para ele, que não estivesse bem. Pensou: "Se o mundo acabasse amanhã, eu queria sentir isso até tudo terminar". O vento soprar... sem machucar ninguém. Só me deixando exposta ao frio.



Débora Gil.

10 novembro 2008

Mudança

As luzes mudam de cor
Rapidamente
Bruscamente
Sêca


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Débora Gil.

07 novembro 2008

Assim como as palavras perdem o sentido, a tinta também perde a cor.

Assim como as palavras perdem o sentido, a tinta também perde a cor. O sorriso a magia, a boca a atração. É bom saber que tudo acaba um dia... mas pra quê? Pra que ficar triste? As coisas são assim e nós temos que nos moldar a elas. Nós temos que viver, mesmo sem ter pedido. Temos que ouvir te chamarem de chatos quando não se interessa por aquele papo fútil ou por aquela garrafa de vodka quebrada. De idiota, quando você acredita. De ridícula, quando não... é assim. Letra no papel, música no som. Mentiras nas verdades. Essa ultima me pareceu meio contraditória, mas quem não é? Quem não é? Me diz! É preciso descobrir sentido nas coisas. E não se deixar levar... saber se tanto faz ou se realmente se acredita no que está fazendo. Os dias passam e a tinta vai perdendo a cor e se você não a repor... tudo vai ficando feio. Sem beleza. E onde você vai procurar depois?


Débora Gil.
Lastimável.

05 novembro 2008

Rancore - Canto Gritando

"Da escuridão surgiu a luz que se apaga
Em nós com o passar do tempo
Contemple o breu
Contemple o seu escuro pessoal

Logo depois a vida vai continuar
E o escuro permanecerá

Canto gritando pra eternizar
Alguns pedaços de mim
Canto gritando pra me salvar
Do lado mal

Surpreenda
A todos aqueles que não esperam nada de você
Pois logo depois
A vida há de continuar
Seu grito permanecerá

Canto gritando pra eternizar
Alguns pedaços de mim
Canto gritando pra me salvar
Do lado mal pra preencher

A minha falta estrutural
Pra manter minha respiração

Permito-me sonhar em paz
Não devo nada a ninguém
Pretendo utilizar
O que me faz bem pra preencher
A minha falta estrutural
Pra manter minha respiração"


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