03 novembro 2010

Depoimento de uma não depressiva.

É...

É, talvez eu tenha mesmo que "fechar a matraca" e usar esse "meio de comunicação estúpido" para tentar me entender um pouco. Tentar me entender!? Eu disse isso!? Que tosco! É, eu sou assim. Dizem que chata demais, inconstante demais. Inconstante eu nem me meto, mas chata. Não vejo problema em alguém não querer cumprimentar o outro se não está afim, em alguém não ter que falar à força e sorrir falsamente... Se não está afim. Bom, não gosto! E prezo por não agir assim - forçadamente. Porém nem é disso que iria falar... Se é que eu tenho algo pronto pra falar... Ah, quantas reticências idiotas! Acho tosco sim o fato de não ter um amigo perto que você possa dizer todas essas asneiras sem ter que pagar um mico público. É, twittar é pagar mico (às vezes), postar em blogs... Msgs toscas pro ex namorado no orkut, então. Como as pessoas são pequenas! Tudo é muito tosco! E eu não preciso ser uma depressiva para pensar tudo isso das coisas e das pessoas. Nada contra os depressivos, claro.

Me incomoda o fato de que tudo vai embora em algum momento. Tudo e todos. Sinto-me perdendo tempo e quando me sinto assim... Penso essas coisas idiotas. É, eu também sou "pessoa" - tosca e idiota. Não faz sentido! Viver não deveria ser uma construção!? Digo, uma construção de um mesmo edifício!? Queria que não fosse preciso sempre demolir para reconstruir. Não faz sentido! Prefiro ser solitária, individualista, egoísta à sofrer a vida inteira o medo da perda. E ao mesmo tempo em que tento (ou sei lá se me tornei mais fria que o esperado) ser fria, mais fico confusa. Fico em dúvida se quero sentir as coisas profundamente ou se prefiro passar somente pela cobertura.

Sei que ninguém possui respostas para meus questionamentos, nem as peço. E ao mesmo tempo em que eu quero mandar um FODA-SE VIDA DE MERDA! eu quero dizer que não tenho motivos (além desses - hahaha) para não ser feliz. Enfim, não falemos de felicidade por aqui, ok!? Não dessa vez... Tenho quase tudo, mesmo me sentindo tão pequena agora.


Débora Gil.

Um comentário:

Irônica Flor disse...

Não sou, mas me sinto assim agora.