18 outubro 2008

Angústia.

Ela respirou...
Tomou do ar, sua coragem
Encontrou de lugar nenhum.

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É incrível o poder que as coisas possuem. Falo de palavras, de gestos. Também do fingir sentir, fingir estar, dizer ser. É simplesmente incrível o poder que os seres humanos possuem uns sobre os outros. O problema é que eles não se tocam que ao fingir para os outros, estão enganando a si mesmos. E ohh, como isso me parece clichê... Mas nesse momento me parece ser a mais pura verdade.

VERDADE?! - Assustou-se?! Alguém ouviu essa palavra aqui? É algo usado tão em vão. Tão em vão... em vão... não. É algo de que nem se lembra mais, o significado.

Ohh, meu Deus!
Como eu queria ser como eles... e como me odeio por não ser.
Como eu queria fingir, enganar, dizer ser quem não sou.
Mas a mim só me resta o nada que está refletido no coração dessas pessoas...

As garrafas vazias, os cigarros acesos... para esconder depois.
Tudo para esconder. Tudo para ser mais bonito... Mais fingido...

E como eu me odeio por não ser como eles.
Como eu me odeio.



Débora Gil.

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