13 outubro 2008

Augusto dos Anjos - NOIVADO

Os namorados ternos suspiravam,
Quando há de ser o venturoso dia?!
Quando há de ser?! O noivo então dizia
E a noiva e ambos d'amores s'embriagavam.

E a mesma frase o noivo repetia;
Fora no campo pássaros trinavam.
Quando há de ser?! E os pássaros falavam,
Há de chegar, a brisa respondia.

Vinha rompendo a aurora majestosa,
Dos rouxinóis ao sonoroso harpejo
E a luz do sol vibrava esplendorosa.

Chegara enfim o dia desejado,
Ambos unidos, soluçara um beijo,
Era o supremo beijo de noivado!

Um comentário:

Anônimo disse...

Falando em noivado, criança?
Vá estudar...
Não tou dizendo mermo...
Hehehe
Brincadeirinha!

Hum, mostrando o lado romântico de Augusto dos Anjos...
Realmente, não se trata de um poeta apenas escatológico!

Beijo!