18 novembro 2008

Saudades, quem sabe...


O sinal fecha. O carro pára. Prosseguiram. Na direção do que poderia os levar ao amanhã. Mas como será? Ele percebeu a falta escancarada nos olhos dela. Não sabia ao certo se foi assim anteriormente, mas naquele momento, o era. E como... O vazio exposto pelo simples olhar envergonhado. Mas envergonhado por quê? Ele não sabia explicar, nem tinha muito ânimo para chegar nela e dizer que isso o importava. Só deixou acontecer. Não se permitiu sentir vontade de pedir para que ela ficasse mais um pouco, pois ele só queria se sentir bem. Estava a faze-lo, mas arriscou-se e deixou ela ir embora... Para saber se ela sentiria vontade de ficar...


Sentia o que não sabia, mas sabia o que não sentir.



Débora Gil.

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