03 julho 2009

Nem tanto quanto que particular

Estranho não! Mas esquisito? - Perguntou-se. E não é a mesma coisa? Ah, perguntas vem e vão. É aquela velha coisa sobre vontades, que "dá e passa"? Ora, se eu soubesse viver de deixar passar... prefiro nem... exagero. Mas o fato é que isso tem funcionado. Para ela.
Desceram a ladeira que os levava ainda mais para aquele precipício de fantasiosas ilusões e cordialidade. Cordialidade não recíproca, naquele momento.
Se lutava, pelo o que não sabia mais, as palavras saltavam de bolo por entre os lábios, inquietos de silêncio, anteriormente contínuo. Esse silêncio que outrora fora quebrado, mas infelizmente exposto como qualquer coisa. Como falar sobre o tempo, quando não se sabe do que falar.
Ora, ora! Que direito se tinha de não ser exposta? Que privilégio se teve por tanta sinceridade cuspida? Dias antigos. São dias antigos. Acabados! - Disse ela. Forçando-se a não folhear o livro melhor, o rancor continua pela capa falsa.
Como fazer de uma mentira, uma mentira dita? É um rio, um oceano de verdades deixado de lado. Focalizando cada vez mais na única mentira. Aquela que forço em convencê-la que é mentira. Pois isso é!
E isso foi depois do sol sair de trás da árvore. Depois de esperarem que ele fosse... Embora. Quando desceu, a racionalidade foi junto. Pela metade.
Sabe quando não se tem nada e cada vez mais nada? Não! Digamos, até se tem muita coisa... Mas onde diabos estariam? Notas altas num papel. Só se for! Água e pão para beber e comer. E nada afiado por perto. Pais vivos.
Mantinha-se próximo ao real, porém confundido entre fantasias. Como seria isso? Posso eu me dividir entre o feliz real e o triste fantasioso? É porque ao mesmo tempo o triste feliz fantasioso dói, sendo assim poderia dizer feliz? Ah, quantas perguntas idiotas. Idiotices, idiotices, idiotices. Acabou-se por tomar apego a essa estúpida palavra idiota: idiotices.
Ah, enquanto o sono não vinha era gostoso fantasiar sobre o futuro. Agora a gente reza para que o sono chegue logo, para ser privada disso e do sonho.

Débora Gil.

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