10 dezembro 2009
07 outubro 2009
Quebra Mar
Ela já não sabe mais o que diz
Não toma conhecimento dos sentimentos
Que a trouxeram aqui
À beira mar
Perdeu-se naquele dia
Daquela semana
Do mesmo mês
Em que cheguei
Em sua vida
Agora nada a faria decidir ficar
Dentre aquelas lindas melodias que fiz
Pede mais um pouco de calma a si mesma
E não entende o sentir, o sentido
Pois não aceitou o que faltava
Reclama quando o amigo cala
Porque precisa de ordens do que se deve fazer
E se faz não sabe o que fez
E se fez se arrependeria uma vez
Que se sentiu... Suja
É à força da construção contra as ondas
O que era natural, o oposto artificial
Mas que agora faz de tudo para se mostrar maior
Do que qualquer flor.
Débora Gil.
Não toma conhecimento dos sentimentos
Que a trouxeram aqui
À beira mar
Perdeu-se naquele dia
Daquela semana
Do mesmo mês
Em que cheguei
Em sua vida
Agora nada a faria decidir ficar
Dentre aquelas lindas melodias que fiz
Pede mais um pouco de calma a si mesma
E não entende o sentir, o sentido
Pois não aceitou o que faltava
Reclama quando o amigo cala
Porque precisa de ordens do que se deve fazer
E se faz não sabe o que fez
E se fez se arrependeria uma vez
Que se sentiu... Suja
É à força da construção contra as ondas
O que era natural, o oposto artificial
Mas que agora faz de tudo para se mostrar maior
Do que qualquer flor.
Débora Gil.
01 setembro 2009
E o que se sabia de valor
Rende-se, o meu sonho
Pelo ego, entrego-me
Pelo eco, submeto-me ao vazio
de estar apenas cheia de mim
Quando o cheio de si é tão sublime
Quando o cheio do outro é mais
Já não se tem mais
Somos patifes e bifes
Podres
Somos feios lixo feito
Sou extremo
Sou dois lados opostos
de mim
Podres
Sem valor.
Débora Gil.
02/09/09
Pelo ego, entrego-me
Pelo eco, submeto-me ao vazio
de estar apenas cheia de mim
Quando o cheio de si é tão sublime
Quando o cheio do outro é mais
Já não se tem mais
Somos patifes e bifes
Podres
Somos feios lixo feito
Sou extremo
Sou dois lados opostos
de mim
Podres
Sem valor.
Débora Gil.
02/09/09
27 agosto 2009
Surreal, neh!?
Posso dizer que nunca me arrependi de tentar. E tendo fracassado ou não nessas tentativas, ainda prefiro ser assim.
Podem me chamar de boba, pois muitas vezes eu mesma me chamei, mas o que me sinto agora é limpa. Limpa por não ter desistido nos primeiros tropeços, mais limpa ainda por achar que esses são os ultimos. Os ultimos de muitos novos que virão... mas pra mim isso vai ser fichinha.
Orgulho-me por não desistir dos meus sentimentos como quem masca um chiclete que acabou por ficar sem gosto.
Os meus sentimentos, uso a favor da minha felicidade.
Não importa o valor que se tem, alguém simplesmente chega e te "vende" de graça, e não vai ser por isso que o seu valor vai ser igual a zero. E infelizmente não vai ser por isso que um outro irá pagar caro.
Se o mundo pudesse mudar por um desejo meu, seria capaz de dar a vida por isso. Em outro lugar, veria um mundo de pessoas mais acessíveis a si mesmas, de pessoas sem medo, sem precisar esconder nem se esconder.
Dariam o valor merecido da rosa.
Débora Gil.
27.08.09
18 julho 2009
Um Apólogo de Machado de Assis
Um Apólogo
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
03 julho 2009
Nem tanto quanto que particular
Estranho não! Mas esquisito? - Perguntou-se. E não é a mesma coisa? Ah, perguntas vem e vão. É aquela velha coisa sobre vontades, que "dá e passa"? Ora, se eu soubesse viver de deixar passar... prefiro nem... exagero. Mas o fato é que isso tem funcionado. Para ela.
Desceram a ladeira que os levava ainda mais para aquele precipício de fantasiosas ilusões e cordialidade. Cordialidade não recíproca, naquele momento.
Se lutava, pelo o que não sabia mais, as palavras saltavam de bolo por entre os lábios, inquietos de silêncio, anteriormente contínuo. Esse silêncio que outrora fora quebrado, mas infelizmente exposto como qualquer coisa. Como falar sobre o tempo, quando não se sabe do que falar.
Ora, ora! Que direito se tinha de não ser exposta? Que privilégio se teve por tanta sinceridade cuspida? Dias antigos. São dias antigos. Acabados! - Disse ela. Forçando-se a não folhear o livro melhor, o rancor continua pela capa falsa.
Como fazer de uma mentira, uma mentira dita? É um rio, um oceano de verdades deixado de lado. Focalizando cada vez mais na única mentira. Aquela que forço em convencê-la que é mentira. Pois isso é!
E isso foi depois do sol sair de trás da árvore. Depois de esperarem que ele fosse... Embora. Quando desceu, a racionalidade foi junto. Pela metade.
Sabe quando não se tem nada e cada vez mais nada? Não! Digamos, até se tem muita coisa... Mas onde diabos estariam? Notas altas num papel. Só se for! Água e pão para beber e comer. E nada afiado por perto. Pais vivos.
Mantinha-se próximo ao real, porém confundido entre fantasias. Como seria isso? Posso eu me dividir entre o feliz real e o triste fantasioso? É porque ao mesmo tempo o triste feliz fantasioso dói, sendo assim poderia dizer feliz? Ah, quantas perguntas idiotas. Idiotices, idiotices, idiotices. Acabou-se por tomar apego a essa estúpida palavra idiota: idiotices.
Ah, enquanto o sono não vinha era gostoso fantasiar sobre o futuro. Agora a gente reza para que o sono chegue logo, para ser privada disso e do sonho.
Débora Gil.
Desceram a ladeira que os levava ainda mais para aquele precipício de fantasiosas ilusões e cordialidade. Cordialidade não recíproca, naquele momento.
Se lutava, pelo o que não sabia mais, as palavras saltavam de bolo por entre os lábios, inquietos de silêncio, anteriormente contínuo. Esse silêncio que outrora fora quebrado, mas infelizmente exposto como qualquer coisa. Como falar sobre o tempo, quando não se sabe do que falar.
Ora, ora! Que direito se tinha de não ser exposta? Que privilégio se teve por tanta sinceridade cuspida? Dias antigos. São dias antigos. Acabados! - Disse ela. Forçando-se a não folhear o livro melhor, o rancor continua pela capa falsa.
Como fazer de uma mentira, uma mentira dita? É um rio, um oceano de verdades deixado de lado. Focalizando cada vez mais na única mentira. Aquela que forço em convencê-la que é mentira. Pois isso é!
E isso foi depois do sol sair de trás da árvore. Depois de esperarem que ele fosse... Embora. Quando desceu, a racionalidade foi junto. Pela metade.
Sabe quando não se tem nada e cada vez mais nada? Não! Digamos, até se tem muita coisa... Mas onde diabos estariam? Notas altas num papel. Só se for! Água e pão para beber e comer. E nada afiado por perto. Pais vivos.
Mantinha-se próximo ao real, porém confundido entre fantasias. Como seria isso? Posso eu me dividir entre o feliz real e o triste fantasioso? É porque ao mesmo tempo o triste feliz fantasioso dói, sendo assim poderia dizer feliz? Ah, quantas perguntas idiotas. Idiotices, idiotices, idiotices. Acabou-se por tomar apego a essa estúpida palavra idiota: idiotices.
Ah, enquanto o sono não vinha era gostoso fantasiar sobre o futuro. Agora a gente reza para que o sono chegue logo, para ser privada disso e do sonho.
Débora Gil.
31 maio 2009
-
Já era de se saber que alguns sentimentos são belos e esplêndidos quando não revelados e quando sozinhos. Independente de estar em contato ou não com uma clara e entendida interpretação. Muitas vezes é justamente o contato que estraga a beleza - o mal-etendido. Sentimentos e palavras mal-entendidas e inacreditáveis são feias e inúteis - tristes. Portanto depende de cada um o que se coloca na lata do lixo ou o que se tenta marcar numa cesta de basquete. A falta de merecimento estraga qualquer ponto ganho.
Não é preciso mostrar uma imagem favorecida de vencedor. O conceito de vencedor e vencido é relativo, assim como do que se foi para o bem ou mal. Perder, nesse caso, foi a oportunidade de ganhar uma vez na vida.
Orgulho-me por me sentir estranha nesse mundo, mas ao mesmo tempo também por ter cometido erros que vocês cometem aqui, me fazendo sentir-se mais parte dessa coisa toda de pessoas, sociedade, interação e mundo. Me deixa ser parte, pois é daqui mesmo que vim. Esse mundo alheio a mim, mas que é o único que tenho e que é meu.
Débora Gil.
Já era de se saber que alguns sentimentos são belos e esplêndidos quando não revelados e quando sozinhos. Independente de estar em contato ou não com uma clara e entendida interpretação. Muitas vezes é justamente o contato que estraga a beleza - o mal-etendido. Sentimentos e palavras mal-entendidas e inacreditáveis são feias e inúteis - tristes. Portanto depende de cada um o que se coloca na lata do lixo ou o que se tenta marcar numa cesta de basquete. A falta de merecimento estraga qualquer ponto ganho.
Não é preciso mostrar uma imagem favorecida de vencedor. O conceito de vencedor e vencido é relativo, assim como do que se foi para o bem ou mal. Perder, nesse caso, foi a oportunidade de ganhar uma vez na vida.
Orgulho-me por me sentir estranha nesse mundo, mas ao mesmo tempo também por ter cometido erros que vocês cometem aqui, me fazendo sentir-se mais parte dessa coisa toda de pessoas, sociedade, interação e mundo. Me deixa ser parte, pois é daqui mesmo que vim. Esse mundo alheio a mim, mas que é o único que tenho e que é meu.
Débora Gil.
11 maio 2009
10 maio 2009
Perdedor
-
A gente perde o que já estava perdido
A gente briga pelo o que foi vencido
E caindo.
Buscamos alguma pista
Uma curva ou esquina
Para se alojar.
Mas o medo continua...
Por que não parece justo perder para um fraco
Perder para um nada
Um ninguém...
Inexistente.
Débora Gil.
A gente perde o que já estava perdido
A gente briga pelo o que foi vencido
E caindo.
Buscamos alguma pista
Uma curva ou esquina
Para se alojar.
Mas o medo continua...
Por que não parece justo perder para um fraco
Perder para um nada
Um ninguém...
Inexistente.
Débora Gil.
03 maio 2009
16 abril 2009
Alegria
Pega!
Toma, que eu quero compartilhar dessa felicidade.
Parti-la em pedaços pra mais tarde.
Toma, e me devolve com mais força.
E continua a me ajudar a não deixa-la escapar...
a ir em busca, se fugir.
a ir em busca s e f u g i r.
Toma, que eu quero compartilhar dessa felicidade.
Parti-la em pedaços pra mais tarde.
Toma, e me devolve com mais força.
E continua a me ajudar a não deixa-la escapar...
a ir em busca, se fugir.
a ir em busca s e f u g i r.
02 abril 2009
18 março 2009
An Echo A Stain
-
Nunca quis ser gente grande, mas também nunca quis ter nascido. Nunca quis dar as costas ao que chamava de "um grande amor", mas também um dia vi que o amor não pode carregar o mundo. Descobri também o quanto ele pesa.
Ah, como eu fui boba ao pensar que me casaria com meu primeiro namorado. E quão fiel seria uma mulher numa relação. Logo a mulher, o bicho causador dos maiores terrores. Quantos tetos uma só delas é capaz de mover.
Isso está longe de ser uma reclamação. Muito menos desejos impossíveis. Eu só quero agradecer mesmo por algumas pequenas coisas, rápidas e passageiras... intocaveis - o mais importante de todos - existirem.
E só...
Um eco, uma mancha.
Débora Gil.
Nunca quis ser gente grande, mas também nunca quis ter nascido. Nunca quis dar as costas ao que chamava de "um grande amor", mas também um dia vi que o amor não pode carregar o mundo. Descobri também o quanto ele pesa.
Ah, como eu fui boba ao pensar que me casaria com meu primeiro namorado. E quão fiel seria uma mulher numa relação. Logo a mulher, o bicho causador dos maiores terrores. Quantos tetos uma só delas é capaz de mover.
Isso está longe de ser uma reclamação. Muito menos desejos impossíveis. Eu só quero agradecer mesmo por algumas pequenas coisas, rápidas e passageiras... intocaveis - o mais importante de todos - existirem.
E só...
Um eco, uma mancha.
Débora Gil.
15 março 2009
11 março 2009
08 março 2009
The Blue Bird
17 fevereiro 2009
Dear, cousin!
"Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta."
-
Vamos embora daqui! Me leva!? Para o fundo do oceano, quem sabe? Quem sabe eu tenha mais medo das coisas naturais do que das coisas vivas da carne. Dessa coisa de ser Humano. Não é pra mim... Quero viver com os peixes... quem sabe ser um tubarão, que é super poderoso. Mas eu tenho medo da água... e sei que vc tbm não sabe nadar. Vamos fugir por terra. Mas por terra, esbarrariamos em alguém. Em algumas coisas... sentiriamos o cheiro do mundo podre, ainda sim. Ah, pensando bem... eu quero voar. Me ensina a voar? Mas se eu fosse um pássaro, eu poderia ser machucada por alguém... algum estupido da terra ainda assim. E talvez eu morrese, caisse bem do alto. Eu tenho medo de altura, apenas como a minha mãe.
Ah...
Não sei.
Apenas me leva embora!? Me leva?
Eu amo você e esse amor não machuca.
Ah, até ele já machucou um dia.
Então, só me deixa sentar aí... do seu lado. Por um bigode e um chapéu bonito, mas eu preciso de um cachorrinho também. Pra que ele me mostre que pode me amar mais do que muita gente daqui.
Eu também sou uma cicatriz.
Débora Gil.
-
Vamos embora daqui! Me leva!? Para o fundo do oceano, quem sabe? Quem sabe eu tenha mais medo das coisas naturais do que das coisas vivas da carne. Dessa coisa de ser Humano. Não é pra mim... Quero viver com os peixes... quem sabe ser um tubarão, que é super poderoso. Mas eu tenho medo da água... e sei que vc tbm não sabe nadar. Vamos fugir por terra. Mas por terra, esbarrariamos em alguém. Em algumas coisas... sentiriamos o cheiro do mundo podre, ainda sim. Ah, pensando bem... eu quero voar. Me ensina a voar? Mas se eu fosse um pássaro, eu poderia ser machucada por alguém... algum estupido da terra ainda assim. E talvez eu morrese, caisse bem do alto. Eu tenho medo de altura, apenas como a minha mãe.
Ah...
Não sei.
Apenas me leva embora!? Me leva?
Eu amo você e esse amor não machuca.
Ah, até ele já machucou um dia.
Então, só me deixa sentar aí... do seu lado. Por um bigode e um chapéu bonito, mas eu preciso de um cachorrinho também. Pra que ele me mostre que pode me amar mais do que muita gente daqui.
Eu também sou uma cicatriz.
Débora Gil.
Sobre o amor.
Se pra ser grande e bonito tem que ser triste... decidi! Quero o mais feio que tiver.
Débora Gil.
Débora Gil.
03 fevereiro 2009
24 janeiro 2009
Cores
Cheguei não muito tarde e me vi a pensar que quero algumas cores, mas prefiro que venham assim... lentamente. Pois conseguirei apreciar melhor cada momento. E acha-los único, infinito... com você.
Débora Gil.
Débora Gil.
21 janeiro 2009
Há sempre um drama dando espaço a outro.
Uma criança, novamente, se pondo em meu lugar.
Mas nem isso, é para mim, agora... um motivo de reclamação.
Então fica assim, sem título.
Não é que não gostasse da tristeza.
Ultimamente vinha rejeitando esse afeto com todo vigor.
Não por não ver mais beleza nisso,
mas por estar procurando em outro lugar.
Débora Gil.
Uma criança, novamente, se pondo em meu lugar.
Mas nem isso, é para mim, agora... um motivo de reclamação.
Então fica assim, sem título.
Não é que não gostasse da tristeza.
Ultimamente vinha rejeitando esse afeto com todo vigor.
Não por não ver mais beleza nisso,
mas por estar procurando em outro lugar.
Débora Gil.
12 janeiro 2009
Um ponto... uma vírgula, quem sabe.
É tão mais fácil ver as pessoas que você menos queria que te entendesse, te entender. E isso é incrível, e se torna um ciclo tão vicioso, que acaba te deixando enjoado - cansado. Deveriamos escolher a dedo as pessoas que desejamos que nos entenda. Seria claramente as que amamos. Mas o que isso faria com as outras pessoas? As que temos apenas um pouco ou quem sabe total adimiração? Elas não seriam nada especial... e não teriam nada para nos dar. Já que de imediato negamos o seu amor - afeto. Ah, que seja assim então, dramático.
Débora Gil.
Débora Gil.
III
No fundo ela sabia se sentir assim como ninguém com você. E pensava até que saberia voar, se apenas o desejasse. Lembrou enquanto esteve sozinha e se viu completamente sem ânimo, mas agora era diferente.
Débora Gil.
Débora Gil.
09 janeiro 2009
II
E quando se sente assim é porque está sozinho.
Ela já nem tinha tanto medo assim - pensava quieta. Queria a dependencia apenas de si mesma, pra não se machucar depois.
E dava um sorriso.
Débora Gil.
Ela já nem tinha tanto medo assim - pensava quieta. Queria a dependencia apenas de si mesma, pra não se machucar depois.
E dava um sorriso.
Débora Gil.
I
- Eu quero a sombra de um lugar tranquilo, para que eu possa observar as palavras com cada uma de suas devidas letras, e descansar. Sentar de frente ao mar, e sentir o vento acariciar esse imenso vazio, mas que ele seja alvo, mas que seja alvo como essas páginas sem cores.
Débora Gil.
Débora Gil.
04 janeiro 2009
Silencie
Por que tudo é tão mais fácil dissolver? - Eu acreditei até, que talvez você não estivesse mais tão sonolento que não pudesse enxergar essas mãos a sua frente. Te chamando pra saltar de um lugar tão alto, mas tão alto... que você vai e volta. Com medo das marcas que esse risco poderia te causar, já se arriscou demais. Eles me disseram que não há nada mais que eu possa fazer, a não ser calar-me. Então, mantenho o meu silêncio, enquanto todos os meus orgãos gritam por dentro, que você apenas abra os seus olhos. Mas abra logo, por favor.
Débora Gil.
Débora Gil.
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